MOLIBDÊNIO

Principais Características

• O molibdênio é cofator de várias enzimas tais como: xantina oxidase, aldeído oxidase e sulfito oxidase (possui grande importância para a saúde). Estas enzimas estão envolvidas no catabolismo de aminoácidos sulfurados e compostos heterocíclicos, incluindo as purinas.

• A enzima sulfito oxidase é responsável pela conversão de sulfito em sulfato, e o sulfito é considerado extremamente tóxico para o sistema nervoso, daí a essencialidade do molibidênio, pois quando há este tipo de polimorfismo, pode ocorrer um dano neurológico extremamente grave. É importante mencionar que esta deficiência é um distúrbio metabólico dos aminoácidos enxofrados, como por exemplo, a cisteína.

Principais Funções e Mecanismos de Ação

• Participação na destoxificante hepática e proteção do sistema nervoso: a enzima sulfito oxidase catalisa o último passo do metabolismo de aminoácidos sulfurados. É a rota da destoxificação na qual o sulfito – que é tóxico para o sistema nervoso – é convertido em sulfato, para excreção.

• Manutenção do tecido conectivo e das cartilagens: O molibdênio é necessário à produção de mucopolissacarídeos, glicoproteínas e lipopolissacarídeos (LPS).

• Proteção contra hiperuricemia/ácido úrico: a xantina oxidase transforma a hipoxantina em xantina, e esta em ácido úrico para a excreção urinária.

• Prevenção de câncer: o molibdênio atua como anticancerígeno, por atuar como quelante de cobre, reduzindo o crescimento tumoral e a densidade microvascular, já que inibe a proliferação de células endoteliais.

• Redução da sensibilidade ao sulfeto: muitos alimentos, drogas e bebidas contém sulfitos na composição, devido a ação antioxidante redutora do crescimento microbiano e do escurecimento. No entanto, estes sulfitos são substâncias alergênicas que podem desencadear efeitos severos em pessoas propensas, portanto o uso de molibdênio pode contribuir para prevenir esta ação.

• Reduz a incidência de cáries dentárias: o molibdênio reduz a susceptibilidade à degradação bacteriana.

Biodisponibilidade

• A soja contém quantidades altas de molibdênio, porém de baixa Biodisponibilidade, devido às substâncias que interagem com o mineral, como o tungstênio e o cobre.

• A absorção ocorre na forma de complexos solúveis e é rapidamente absorvido no estômago e ao longo do intestino delgado.

Possíveis interações

• A interação com medicamentos ainda não é conhecida.

Interação entre Nutrientes

• O sulfato compete pela absorção intestinal e pela reabsorção renal, portanto sua alta ingestão pode gerar deficiência de molibdênio.

• O molibdênio compete com o cobre.

Evidências científicas quanto a eficiência da suplementação

• O tratamento da Doença de Wilson pode envolver molibdênio. A terapia com o tetratiomolibidato (TM) pode reduzir a toxicidade por cobre, pois sua administração forma, no organismo, um complexo com o cobre e com proteínas, o que impede que o cobre chegue às células, diminuindo as suas propriedades e agindo como um agente anti-cobre.

• Há relato de um caso de deficiência em adultos após Nutrição Parenteral Total. O quadro clínico incluiu taquicardia, taquipneia e alteração mental evoluindo para coma. Houve melhora dos sintomas com o uso de molibdênio. Outras alterações descritas na deficiência são: cegueira noturna, escotomas centrais, aumenta de metionina plasmática e diminuição do ácido úrico sérico.

Riscos de super dosagens

• Há poucas informações sobre a toxicidade do molibdênio em humanos. Os compostos de molibdênio parecem ser pouco tóxicos para os humanos.

• O molibdênio consumido em excesso (10 a 15mg/dia), pode levar a inchaço e dores nas juntas (semelhantes à gota), devido à produção elevada de ácido úrico, portanto, deve haver atenção com pacientes com gota e em tratamento de diálise, já que apresentam comprometimento de excreção com possível acumulo do mineral. 

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