Zinco
Principais Características
• Componente vital para síntese e
atividade de mais de trezentas enzimas.
• Participa da síntese de
degradação de: carboidratos, proteínas, lipídeos e ácidos nucléicos.
• Desempenha papel importante na
regulação da expressão gênica.
• Sua função no organismo é
subdividida em três categorias: estrutural, enzimática e reguladora
• Está presente na alimentação na
forma orgânica (proteínas e fitatos) ou na forma de sais inorgânicos
(suplementos ou alimentos fortificados).
• O zinco no organismo é
controlado pela absorção gastrointestinal, captação e distribuição, assim como
sua excreção pela pele e rins e fezes, no qual é regulado por um mecanismo
homeostático.
• Após ser absorvido é
transportado para o fígado, para então ser ligado a albumina ou outra proteína,
exerce sua função em tecidos.
• Importante salientar que a
presença de glicose consumida concomitante aumenta a absorção do mineral, a
qual ocorre principalmente na parte proximal do intestino delgado por difusão
passiva ou transporte de proteínas.
• Em algumas situações como
exercício físico intenso ou temperaturas ambientais elevadas podem aumentar a
excreção de zinco através do suor.
• Em situações onde o consumo de
zinco diário é aumentado, é metabolizado e excretado pela urina, mas a forma
mais comum é pelas fezes.
Principais Funções e Mecanismos
de Ação
• Estrutural:
Regulação gênica (reforçando os
fatores de transcrição do DNA)
Ação antioxidante (responsável
pela destruição do radical superóxido)
Ação nos receptores de vitamina D
e ácido retinóico (através da expressão gênica)
• Enzimática:
Ação na atividade catalítica de
muitas enzimas (através receptores de elétrons)
Age no sistema imunológico e
cicatrização para síntese e ação de linfócitos T e fibroblastos
• Reguladora:
Essencial na atividade cognitiva
e memória (age na apoptose e regula a atividade da proteína quinase c)
É essencial para ação da
insulina, hormônios do timo, tireoide, suprarrenal e testículos
Age na modulação da prolactina,
replicação do DNA, e síntese de proteínas:
• age como
regulador da insulina (sendo ele um importante componente da síntese da mesma)
• age na
prevenção de hipotireoidismo (na conversão de tiroxina para triidotironina)
• auxilia o
pâncreas (na sua função digestiva)
• age no
sistema reprodutor (é responsável pela maturação de esperma, ovulação e
fertilização)
Biodisponibilidade
• A Biodisponibilidade do Zinco é
controlada por fatores ambientais e fisiológicos, portanto mesmo com a ingestão
diária adequada pode ocorrer sua deficiência se a Biodisponibilidade do Zinco
na dieta estiver baixa.
• Pode ser que uma das causas de
sua deficiência seja a baixa Biodisponibilidade, pois há vários alimentos que
possuem componentes que podem interferir na absorção do zinco.
Possíveis interações
• Pode haver depleção do zinco
sérico quando há o uso de: contraceptivos orais, diuréticos de alça e tiazidas,
antagonistas de receptores H2, D-penicilina, etambutol e zidovulina (AZT).
Interação entre Nutrientes
• Cálcio: Doses de 600 mg de
cálcio diminuem a Biodisponibilidade de zinco em 50%
• Fitatos: Estes por sua vez
diminuem a absorção de zinco quando formamcomplexos no intestino entre fitato e
zinco, isso ocorre na presença de cereais integrais, leguminosa e formulas
infantis à base de soja, bem como a presença de cálcio na dieta, mas quando há
o consumo de uma determinada proteína na dieta isso pode aumentar a
disponibilidade deste mineral, mesmo na presença de fitatos.
• Ferro: A interação entre o
zinco e o ferro pode acontecer tanto nos seus excessos, quanto na falta, por
isso é importante manter a homeostase, pois os dois minerais são quimicamente
parecidos e podem competir no mesmo local de absorção.
• Cobre: Entre esses minerais
parece haver um mecanismo de antagonismo, pois altas concentrações de zinco
induzem à síntese de metalotioneína que quando ligada ao Cobre há o acumulo nos
enterócitos, impedindo sua transferência ao plasma, causando aparentemente
deficiência deste mineral.
• Cádmio: Na presença deste metal
pesado, há uma ligação com o zinco formando um complexo no trato
gastrointestinal e desta forma ambos são excretados. Por isso, ambientes
poluídos e hábito de fumar, aumentam a necessidade de ingestão de zinco.
• Vitamina A: Há dois fatores
relevantes a serem descritos, o primeiro seria que o Zinco funciona como cofator
para síntese da proteína ligadora de retinol e a segunda acontece por reação de
oxido/redução entre a vitamina A e Zinco que ocorre no intestino, fígado,
testículos e na retina, na deficiência de ambos, dificultando a iniciação do
ciclo visual noturno que é necessário para adaptação no escuro.
• Proteína: Aumenta a
Biodisponibilidade por formação de complexo prevenindo que o Zn não seja
absorvido
Evidências científicas quanto à
eficiência da suplementação
• No sistema imune, o zinco tem
papel na supressão da fosforilação da proteína que sequestram NF-kappaB no
citoplasma (processos inflamatórios), bem como nas reações de
hipersensibilidade, na resposta dos linfócitos T, atividade das células natural
killer, sua deficiência, portanto, atinge os mecanismos de defesa do corpo, por
possuir propriedades antiinflamatória e antioxidante.
• Na artrite reumatoide, em
estudo com pacientes com artrite, demonstrou diminuição no inchaço, na rigidez
de mãos, na maior duração de exercícios físicos leves, e qualidade de vida dos
mesmos
• Em pacientes com câncer de
intestino, obtiveram resultados positivos com a suplementação de 21mg/dia de
zinco e 200mg/ dia de selênio.
• No sistema reprodutor é mais
importante mencionar que o zinco auxilia na produção de esperma e
desenvolvimento fetal e da criança, a suplementação é essencial, pois sua
deficiência pode refletir no desenvolvimento cognitivo, motor e na massa óssea,
retardo na maturação sexual, impotência.
• Em gestantes a suplementação do
zinco é importante para tratamento de acne, constipação intestinal, alteração
do humor, queda de cabelo, os quais normalmente são causados pelo excesso da
suplementação de ácido fólico (5mg), sendo este mais utilizado para a prevenção
da espinha bífida.
• No trato gastrintestinal o
zinco é importante para a produção de ácido clorídrico estomacal, apresentando
quadros de hipocloridria ou acloridria na sua deficiência, além de prejudicar
no paladar e causar outras desordens intestinais.
• Há estudos que evidenciam que
nos distúrbios tireoidianos a suplementação de zinco e selênio poderia aumentar
a atividade de T3 (deiodinases I e II) e normalizar as concentrações de TSH.
• O zinco age como um estimulador
de formação óssea e aumenta a atividade e vitamina D, evitando assim a
osteoporose, portanto a suplementação é importante nos casos de deficiência e
para a manutenção de massa óssea.
• Em um estudo foi observado a
diminuição do colesterol total, triglicerídeos e HDL
• colesterol, considerando doses
de 100mg/dia, e a redução da hemoglobina glicosilada com doses de 30mg,
verificando sua importância na prevenção do diabetes mellitus e doenças
cardiovasculares.
Riscos de super dosagens
• Uma das maiores evidências da
sua toxicidade é a de que os altos níveis de Zinco podem levar a deficiência de
Cobre, causando diarreia, vertigem, sonolência, vomito, perda de coordenação do
músculo e letargia.
Fontes alimentares
Alimento Medida caseira – Gramas (g) Conteúdo de zinco (mg)
Ostras cruas 12 unidades – 168 g 63,80
Fígado de boi 1 bife pequeno – 80 g 4,24
Carne moída (20% gordura) 3 colheres de sopa – 75 g 4,76
Camarão no vapor 13 unidades – 104 g 1,60
Salmão cozido 1 filé – 100 g 0,70
Peito de frango sem pele 1 filé pequeno – 70 g 0,70
Feijão-preto cozido 1 colher de sopa – 25 g 0,28
Lentilha cozida 1 colher de sopa – 24 g 0,30
Iogurte integral 1 copo – 165 g 1,00
Arroz branco cozido 2 colheres de sopa – 60 g 0,24
Batata-inglesa cozida 1 unidade – 135 g 0,40
Abacate 4 colheres de sopa – 120 g 0,70
Espinafre cozido 2 colheres de sopa – 50 g 0,37
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