Vitamina E

Principais Características

• Sua principal característica é antioxidante (inibe a ação dos radicais livres)

• É considerada importante para o sistema neurológico.

• Foi descoberta por causar danos hepáticos, mas pode apresentar falhas renais.

• Sua deficiência é rara mais pode ocorrer em crianças prematuras ou em indivíduos com problemas na absorção de lipídeos.

• Depende do lipídio para ser absorvida, portanto sendo considerada lipossolúvel.

• Sua estrutura química é um conjunto de vitômeros: tocotrienóis e tocoferol, sendo mais disponível o alfa-tocoferol.

• A vitamina E é absorvida pelo intestino delgado e é transportada pela corrente sanguínea por difusão passiva e então é armazenada no tecido adiposo e fígado e por fim será incorporada a uma lipoproteína para realizar sua função no organismo. É somente absorvida na forma ativa de alfa-tocoferol, por este motivo as suplementações são encontradas na forma ativa de ésteres (acetato).

Principais Funções e Mecanismos de Ação

• Ação antioxidante: está envolvida em na remoção dos produtos de ataques pelos radicais livres nos lipídeos.

• Ação no sistema nervoso: prevenção de doenças como Parkinson e Alzheimer (prevenção da peroxidação lipídica e redução do estresse oxidativo).

• Ação na prevenção de doença cardiovascular e diabetes mellitus: pela ação de antioxidante e antiinflamatória.

• Ação na função imunológica: aumenta resistência às infecções.

• Ação benéfica para quem pratica exercício físico: por reduzir danos aos tecidos causados pelos radicais livres.

• Ação na prevenção de câncer: promove a inibição da proteína quinase C, reduzindo o risco de câncer.

Biodisponibilidade

• Os tocotrienóis são absorvidos, porém não são convertidos na forma ativa no organismo, portanto recomenda-se a ingestão na suplementação na forma de ésteres (acetato).

• O fígado é o maior regulador dos níveis endógenos de vitamina E no organismo, não somente por regular as concentrações do alfa-tocoferol, mas também por realizar o metabolismo e excreção.

• Em relação à forma mais ativa da vitamina E a forma sintética equivale à metade da absorção por via alimentar, pois a gordura presente na alimentação auxilia na absorção da vitamina.

Possíveis interações

• A vitamina E tem interação com as drogas de colestiramina, colestipol e óleo mineral.

Interação entre Nutrientes

• Vitamina K: na sua deficiência a vitamina E pode potencializar os efeitos dos anticoagulantes, aumentando o tempo de coagulação sanguínea.

• Interações entre vitaminas C e E: Para a combinação entre dois antioxidantes ser sinérgica, a taxa de inibição da oxidação pelos dois antioxidantes precisa ser a mesma ou menor que a taxa de inibição de cada antioxidante sozinho. A combinação entre vitamina C e vitamina E pode ser efetiva na inibição da oxidação. Estes dois antioxidantes estão localizados em diferentes domínios, mas mesmo assim, interagem no domínio entre a membrana e a fase aquosa.

• A cooperação entre as vitaminas C e E tem atraído a atenção de muitos pesquisadores, sugerindo um possível uso das duas vitaminas para fins terapêuticos.

Evidências científicas quanto à eficiência da suplementação

• O uso de antioxidantes para a prevenção e tratamento de doenças humanas tem sido objeto de estudo há mais de duas décadas.

• Dietas e suplementos vitamínicos ricos em vitamina E têm importante papel em doenças relacionadas com estresse oxidativo, como: câncer, doenças cardiovasculares, algumas doenças hemolíticas, entre outras.

• Em muitos casos, como nas anemias por aumento do estresse oxidativo, os problemas nutricionais são devidos à contínua depleção dos antioxidantes decorrente do estresse oxidativo. A deficiência de vitamina E é comum em indivíduos falcêmicos, talassêmicos e em portadores de deficiência de G6-PD. Observou-se que a suplementação com vitamina E foi benéfica para restabelecer os níveis desta vitamina no plasma, melhorou os sintomas clínicos e diminuiu o número de eritrócitos falciformes irreversíveis.

• A ação contra radicais livres e a proteção da lipoperoxidação na membrana eritrocitária, através da reciclagem da vitamina E, faz da vitamina C uma possibilidade para o tratamento de doenças hemolíticas com estresse oxidativo aumentado. Estudos in vitro demonstraram que a vitamina C pode diminuir a formação de corpos de Heinz e proteger eritrócitos falciformes contra o estresse oxidativo.

• Baseando-se nos estudos sobre estresse oxidativo em algumas doenças hematológicas e a possibilidade do uso de vitamina C e de vitamina E no tratamento de doenças, considerou-se relevante o estudo de antioxidantes na preservação de estresse oxidativo provocado por agentes oxidantes.

• Vários estudos realizados demonstraram que a suplementação em curto prazo com α-tocoferol pode ser benéfica em crianças que sofrem de anemia falciforme.

Riscos de super dosagens

• Ainda não há relatos de toxicidade da vitamina, mesmo em indivíduos que consumiram doses superiores a 1.000Ul/dia, pois o excesso é excretado pelas fezes, entretanto, alguns indivíduos apresentaram náuseas, fadiga, visão dupla, fraqueza muscular e distúrbios gastrointestinais.

Fontes alimentares

Alimentos (100 g)

Quantidade de vitamina E

Avelã

24 mg

Azeite

12,5 mg

Castanha do Pará

7,14 mg

Amendoim

7 mg

Amêndoa

5,5 mg

Pistache 

5,15 mg

Óleo de fígado de bacalhau

3 mg

Nozes

2,7 mg


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