Como reduzir o risco de sensibilidade ao glúten ou doença celíaca através da genética?
Os grãos alimentares mais comuns contêm proteínas de glúten e podem
causar reações adversas, geralmente conhecidas como distúrbios relacionados ao
glúten como por exemplo a doença celíaca e a intolerância ao glúten não
celíaca.
A doença celíaca é uma enteropatia imunomediada, desencadeada pelo
glúten em indivíduos que apresentam, em sua maioria (95 a 98% dos casos), uma
combinação específica de variantes genéticas, que levam, principalmente, a
presença dos antígenos leucócitos humanos (HLA)-DQ2 e HLA-DQ8.
A intolerância ao glúten não celíaca é uma condição em que o indivíduo
tem sensibilidade ao glúten, onde os peptídeos de glúten têm efeitos
citotóxicos, imunomodulatórios e permeabilizantes no trato intestinal.
Moléculas de glúten podem ter a capacidade de interagir com receptores
opioides, causando a ativação de células imunes e/ou gatilhos
neuro-inflamatórios. Isso ocorre principalmente em autistas. A intolerância ao
glúten também apresenta influência genética, porém leva a manifestações
clínicas mais moderadas dos efeitos nocivos do glúten, quando comparado a
doença celíaca.
Como reduzir o risco de sensibilidade ao glúten ou doença celíaca
através da genética?
-Verificar o genótipo dos genes FUT2 (digestão), SOD2 (antioxidante e
inflamação), MTHFR (metilação), CYP2C9 *2 (desintoxicação) e GAD1 (formação de
neurotransmissores e saúde mental).
-Antibióticos e glifosato podem afetar os níveis de folato devido ao
esgotamento das bactérias produtoras de folato;
-Evite o uso de antibióticos, açúcar refinado e anti-inflamatórios não
esteroides quando for possível. Pode levar um ano para reconstruir sua
microbiota depois de usar antibióticos;
-Evite alimentos industrializados que contenham glifosato;
-Inclua vegetais fermentados em sua dieta, especialmente vegetais ricos
em enxofre, como alho e cebola (enxofre ajuda a desintoxicar o glifosato). Lactobacillus
plantarum é uma boa fonte probiótica de folato que favorece a predominância
de cepas comuns em vegetais fermentados;
-Se ingerir pães ou massas com farinha de trigo, prefira de fermentação
natural. Evite todas as outras fontes de trigo, quando for possível.
Referência
doi: 10.3389/fnut.2020.575844
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