Antígeno Leucocitário Humano (HLA)

     O Antígeno Leucocitário Humano (HLA) é uma molécula que desempenha um papel crucial tanto na produção de anticorpos quanto na eliminação de patógenos do corpo durante a infecção. Você pode conhecer esses genes pelo nome em camundongos, Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC). Como o termo histocompatibilidade sugere, esses genes são sequenciados para saber se uma pessoa pode doar um órgão a um ente querido. Este teste compara os genes HLA entre o possível doador e o receptor para determinar se eles são semelhantes o suficiente para que o órgão não seja rejeitado pelo hospedeiro.

HLA durante infecções

    Muitas infecções virais ficam dormentes em nossos corpos. Durante períodos de estresse agudo ou infecção com outros patógenos, esses vírus dormentes podem acordar e reativar (por exemplo, vírus Epstein Barr, vírus Herpes Simplex, vírus Varicela Zoster, etc.). Como você aprenderá nas seções apresentadas abaixo, as moléculas HLA desempenham um papel extremamente importante em empurrar esses patógenos de volta para um estágio dormente, conhecido como latência.

HLA controla infecções latentes

    Muitos vírus podem ficar dormentes em seu corpo quando seu sistema imunológico controla os estágios ativos da replicação viral. Eles são quase impossíveis de eliminar do corpo porque entram em um estágio chamado latência viral, onde o material genético se esconde dentro do núcleo da célula infectada, mas não do vírus em si. As moléculas HLA desempenham um papel importante em manter esses tipos de vírus em um estágio dormente (latente). Esses vírus incluem, mas não estão limitados a:

● Vírus Herpes Simplex (HSV): Um vírus neurotrópico que causa herpes labial e encefalite em casos graves

● Vírus Varicela-Zoster (VZV): Causa varicela e pode reativar como herpes zoster.

● Vírus Epstein-Barr (EBV): Associado à mononucleose infecciosa e ligado a certos tipos de câncer, doenças crônicas como ME/CFS e inúmeras doenças autoimunes.

● Citomegalovírus (CMV): Frequentemente assintomático, mas pode causar complicações em indivíduos imunocomprometidos.

● Papilomavírus humano (HPV): Pode causar verrugas e está associado a vários tipos de câncer.

● Vírus da hepatite B (HBV): Pode levar à infecção crônica do fígado e câncer de fígado.

● Vírus da hepatite C (HCV): Pode causar doença hepática crônica e câncer de fígado.

    Especificamente, se suas células T não conseguem controlar eficientemente uma infecção por EBV reativada graças a genes/mutações HLA específicos, então ocorrerá inflamação crônica. Essa inflamação crônica pode levar à exaustão das células imunológicas, o que significa que o sistema imunológico começa a desligar para que a inflamação não cause danos aos tecidos. No entanto, essa exaustão das células imunológicas causa replicação viral ainda mais aprimorada, adicionando mais combustível ao fogo.

Como se proteger

Inibidores de vírus latentes: Vitamina C

Mecanismo de ação: Inibição da reativação do EBV em células linfoblastoides humanas. Morte de células de linfoma EBV+ Burkitt e células transformadas por EBV in vitro.

Patógeno(s) Alvo(s): EBV, vírus do herpes, CMV, vírus da varicela-zóster

Inibidores de vírus latentes: Vitamina D

Mecanismo de ação:  Inibição direta de vírus envelopados como o EBV. Aumento da regulação dos peptídeos antimicrobianos LL-37 e defensina β humana. LL-37 pode interromper o envelope viral do EBV.

Patógeno(s) Alvo(s): EBV, HSV, CMV, VZV

Inibidores de vírus latentes: Ácido retinóico

Mecanismo de ação: Regulador negativo do gene BZLF1 do EBV e, portanto inibe o ciclo lítico do EBV. Inibições irreversíveis

Patógeno(s) Alvo(s): Linfócitos B transformados pelo EBV.

Inibidores de vírus latentes: Resveratrol

Mecanismo de ação: Inibição do ciclo lítico do EBV por meio de efeitos emmúltiplos alvos moleculares, como a inibição de proteínas líticas do EBVRta, Zta e EA-D também reduz a produção de EBV.

Patógeno(s) Alvo(s): EBV, CMV, VZV, HSV

Inibidores de vírus latentes: Luteolina

Mecanismo de ação:   Inibição da atividade promotora de genes imediatos-precoces.Reduz a instabilidade genômica e suprime a tumorigenicidade do EBV. A luteolina também tem propriedades antivirais contra EBV, RSV, Influenza e Coronavírus.

Patógeno(s) Alvo(s): EBV, RSV, Influenza,Coronavírus

Inibidores de vírus latentes: Apigenina  

Mecanismo de ação: Inibição da conversão de DNA do EBV em RNA.

Patógeno(s) Alvo(s): EBV

Inibidores de vírus latentes: Extrato de astrágalo

Mecanismo de ação: Inibição da expressão de BZLF1, BRLF1 e EA-D durante o ciclo lítico do EBV.

Patógeno(s) Alvo(s): EBV

Inibidores de vírus latentes: Epigalocatequina-3-galato

Mecanismo de ação: Regulação negativa de LMP1. Inibição da transformação de linfócitos B induzida por EBV por meio da supressão da acetilação de RelA, que reduz a inflamação na célula infectada.

Patógeno(s) Alvo(s): EBV, HSV-1, HSV-2

Inibidores de vírus latentes: Delta-9-tetrahidrocanabinol (THC)

Mecanismo de ação: Foi relatado que o THC inibe a replicação de γ-herpesvírus, como o EBV. O mecanismo é mal compreendido.

Patógeno(s) Alvo(s): EBV

Inibidores de vírus latentes: L-arginina

Mecanismo de ação: Supressão da replicação viral por meio do aumento de iNOS e óxido nítrico.

Patógeno(s) Alvo(s):EBV, HSV-1, HSV-2, VZV

Inibidores de vírus latentes: Sulforafano

Mecanismo de ação: Inibição da transativação do gene EBV Rta, masnão Zta.

Patógeno(s) Alvo(s): EBV

Inibidores de vírus latentes: Curcumina

Mecanismo de ação: Inibição mediada por apoptose aprimorada da replicação viral. Mostrado para ajudar a matar uma linhagem de células linfoblastoides transformadas por EBV.

Patógeno(s) Alvo(s): EBV, VZV, HSV, CMV

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