Canabinoides e fertilidade
THC e CBD interagem com o eixo
hipotálamo-hipófise-testículo, impactando a fertilidade masculina de maneiras
distintas — embora nem sempre em oposição direta.
O THC suprime os principais
hormônios da fertilidade, como FSH e LH, o que pode levar a um menor volume
testicular, diminuição dos níveis de testosterona e estradiol e aumento da
fragmentação do DNA do esperma. Ele também altera a epigenética do esperma e o
proteoma do fluido seminal, reduzindo, em última análise, o potencial de
fertilidade.
O CBD tem um desafio diferente.
Embora não pareça aumentar os hormônios da fertilidade, ele pode reduzir o peso
da vesícula seminal (ou seja, menos volume de sêmen), diminuir o número de
células de Sertoli e germinativas e prejudicar a motilidade e a qualidade do
esperma.
Outra preocupação? Ambos os
canabinoides podem causar alterações epigenéticas (como metilação alterada do
DNA) no esperma, levantando questões sobre o impacto potencial no
desenvolvimento da prole — efeitos que podem se estender às gerações futuras.
À medida que o uso de cannabis
cresce entre homens em idade reprodutiva, entender essas nuances é essencial
para tomar decisões informadas sobre saúde reprodutiva.
Obs: Os homens ainda estão tendo filhos apesar de fumar — os canabinoides não são um método contraceptivo.
Referência:
Scandlan, O. L. M., &
Favetta, L. A. (2024). Do Delta-9-Tetrahydrocannabinol and Cannabidiol have
Opposed Effects on Male Fertility?. Toxicology letters,
S0378-4274(24)02071-X.
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